Conselhos comunitários novamente em debate
A criação dos conselhos comunitários de saúde voltou a ser tema de debate entre os integrantes do Conselho Municipal de Saúde de Brusque (Comusa). E, novamente, recheada de polêmica. Enquanto a secretaria municipal da Saúde defende a instituição dos mesmo em cada bairro, há dentro do Comusa quem discorde e até cite que a medida é ilegal.
Foi o que defendeu o ex vice-presidente do órgão e representante da classe trabalhadora no conselho, Julio Atanásio Gevaerd. Para ele, é necessária que a criação dos braços nos bairros do Comusa tenha respaldo legal, a partir de aprovação pela Câmara de Vereadores. “Acabaram de dizer aqui que há duas pessoas que deveriam estar nesta reunião, mas estão em uma reunião do conselho de saúde do Bairro Limeira. É um conselho fantasma, pois não existe. E é desprestigiar o Comusa", soltou ele.
Colocação que foi prontamente rebatida por uma das representantes da secretaria de Saúde no Comusa. Estella Maris Ribeiro disse que os conselhos comunitários se enquadram como movimentos sociais e, portanto, não podem ser regidos por lei. “O prefeito pode, por exemplo, baixar um decreto regulamentando a existência dos conselhos comunitários de saúde. Mas seria institucionalizar os mesmos. E como movimentos sociais, isso não pode ocorrer”, destacou ela.
De acordo com o presidente do Comusa, Marcos Maestri, o que se definiu é que cada conselho deverá elaborar seu regimento interno para poder existir. Semelhante ao que ocorre com o do Bairro Santa Rita, o único a dispor de tal medida.
Outro assunto que também foi discutido na reunião desta quarta-feira, os conselheiros discutiram questões referentes à doação de sangue. Existe a proposta de encaminhar pessoas interessadas para fazer a coleta no Hemosc de Blumenau. Uma campanha nos postinhos de saúde da cidade será feita sobre o tema.
A campanha que está sendo desenvolvida sobre castração animal, que terá o ponto alto no próximo final de semana, dias 22 e 23, também rendeu colocações a respeito.